Dor Lenta


Não há medida para o tempo
Cálculos incontáveis de dores
Intrépido silêncio me abraça
Medo do dia seguinte morrer
A alma transformada em pó
Mãos vazias de coisas inertes

Estéreis momentos de versos
Que lacrimejam a dor excessiva
No âmago de tudo há um nada
Aguardando o livro de minha vida
Confesso que não há caminhos
Somente atalhos perdidos
Nas profundezas do destino

Que me impulsiona aos
Olhos cerrados e acabados
Tecido da vida de cor preta
Mortalha de dias e noites
Choradas em prantos amargos
Plenitude há em outro lugar
Sem frutos pesados nem flores mortas...
Luiza De Marillac Bessa Luna Michel
Enviado por Luiza De Marillac Bessa Luna Michel em 22/08/2011
Código do texto: T3175774
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