Quero vê-lo esculpido em jardins suspensos
Lembrando sua pele obscena por segredos
Estás em mitologias históricas e lendárias
Nas discrepâncias de quem não pode ter
Loucura do amante proibido pelos céus
Vejo-o cavalgar léguas como alado
Na rapidez de um piscar de olhos
Sou apenas uma prisoneira dos teus caprichos
Em que tipo de mundo esse
mensageiro costuma ir
Você é um enigma,
Um rastro de sereno,
Que se apaga com os raios do meu pensar;
Evaporando-se para fazer parte das nuvens;
E lá das alturas contempla a planura
Onde esboço o rascunho da minha liberdade.
Você é o que sempre foi deixando de ser...
Você é uma crisálida, uma metamorfose
É fogo, é ar, é terra, é água;
É um rio que flui sereno
Em direção ao mar e ao abismo;
Onde se desfaz suas utopias e seus medos...
Você é claridade, você é confusão
Você é paz, você é guerra.
Você é finito, você é imensidão...
Mas mesmo assim,
Inscrevir-me na ilogica dos deuses
sem mesmo ser filha
Me confundi ... Acreditei que os meus olhos cansados encontrariam nos teus, pedaços do céu.
Atravessei o portal, e sem pudor
a ti me entreguei
o meu coração alado embaciou-se no sentido e no teu próprio brilho perdido ...
Então entendi a liberdade que me concedeu.
Os deuses: nos submeti
Ao seu domínio por vontade nossa.
Natasha*