Cartas para Madelyne "Chuva"

Pra que sonhar,

Minha mão segura a sua.

Pra que correr,

Adoro esse caminho.

Pra que cantar,

Ouço seus risos

E sua falsa ira:

"Maluco!"

Ouço os pingos da chuva.

Que cantam e encantam

Em som e tato,

Morna e gostosa,

Acaricia com leveza e sedução

Grudando no corpo a roupa

E o perfume das flores.

Vejo uma margarida.

Perfeita.Presente perfeito.

Me ajoelho, mas não a tomo.

Não posso, como poderia.

Tão frágil e tão bela.

Ergo meus olhos para Madelyne.

Perco a fala, o foco e o ritimo do meu coração.

"Maldita Chuva,

Como pôde deixa-la mais linda!?"

Recebo como resposta

Um solavanco em meu corpo,

Que me põe o chão às costas.

E seu corpo molhado cobre o meu.

Ah, e a doce margarida

Se inclina em meu rosto

E eu quase posso ouvir seu pedido,

Que é o mesmo que o meu:

Chuva, por favor, não pare agora!

Tito Carvalho
Enviado por Tito Carvalho em 25/08/2011
Código do texto: T3182176
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