Reconhecer o Amor

Amizade caminho desnorteante desordenado

Atuando como suporte um ombro suave

Para reclinar-se nas inquietações

Não podes pedir-lhe nada

Nem reclamas teu quinhão de luz

Deslumbrando aos olhos pensativos

Tem-se o prévio desencanto das uniões para toda a vida.

O amor dissolve o desejo de existir em face do mundo

Com o olhar pervagante e larga ciência

Enganar-me-ei fugindo ao amor

Deixando a desconhecer-te, ao receio de encarar-te

Não defrontarei ao mundo, nem nele me diluirei

Espada coruscante e imensurável poder de penetrar o sangue

Revelando um crisântemo de fogo e lágrimas.

Pura essência em que se transmuta dispensa

Referências temporais sobre imaginações oníricas

O vôo do pássaro chaves de ouro dos castelos e sonetos medievos

Imposturas da razão e experiência

Assim existir em si e sobre si por si

Toda revelia de corpos amantes

Pois já nem sou eu, nem nós, somos o perfeito número.

Lobo solitário
Enviado por Lobo solitário em 31/08/2011
Código do texto: T3192994
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