Azuis

Vento que leva

o azul do Céu,

deixe-me o amor

de Cristina,

pois nela está

a Promessa

de uma vida

que recomeça.

Nela estão os azuis

que virão.

Todos os azuis

desse tempo

pós Agosto.

Todos os azuis

de Mestre *Bandeira

em sua poesia primeira.

Deixe-me, azul do vento,

o riso de Cristina,

a Musa amante

que me escreve

o verso delirante.

Mas leve, azul do vento,

o paradoxo

de todo argumento,

pois a vida é breve

momento a deslizar

no azul sentimento.

Para Cristina, esposa amada.

* Da poética de Manuel Bandeira.