Tudo normal
Ali, abandonado ao sol,
inerte,
testemunhando a movimentação
das pessoas,
cegamente apressadas,
cada qual em sua faina.
E os carros,
atrevidos, ruidosos, brilhantes, coloridos,
a disputarem, violentos,
cada centímetro.
E os relógios, velozes,
querendo chegar com tanta pressa
a
lugar nenhum.
Ali, abandonado ao sol,
inerte,
ele sente, sabe, que tudo segue
dentro da normalidade...