FORCA
Fonte de desejos e mau
cálice de tristeza e prazer
juízo vendido a pena capital
submisso ao arbítrio do teu poder
Condenado a forca, na árvore que seca por capricho e desprezo,
pende-se corpo sem vida, morto de desejo, que em seus últimos momentos
se percebe confinado ao sentimento
que um dia tive ,hoje,lamento.
Origem do mau que criei, do mau que deixei é minha sentença.
De tantas formas mudei, pensei e tentei, mas o fato é que meu crime não
compensa,
pois vago nas sombras que seguem seus passos, no perfume que o vento
dispersa.
De nada adianta essa tarefa pois não percebe que aquilo que te cerca
surgiu de uma corda pendida um corpo sem vida e uma árvore que seca
Luiz Alexandre Baptista