ÂMBAR

                                                        A meu marido

Perder-se-iam os prantos
Enquanto os prantos eram macios...
Da criança, diriam, que o chorar se fazia pelas coisas mais tolas.
Mas são nos troncos que se guardam esses prantos
São prantos do âmbar
Duradoura seiva do coração dos meninos.

Quando o amor se cristaliza,
Das desavenças mortalha-se a resina
E todo pranto vertido e contido
Brilha, transparece, amadurece
Na face fina, no olhar macio
No colo limpo
Em que homem e mulher se fazem abrigo
Do suor, da lágrima, do beijo sentido.

Quando se ama
Todo sorriso é um sorriso macio
É coração de menino
Resina, que não se desmancha, não se perde jamais.

Carmem Teresa Elias
Enviado por Carmem Teresa Elias em 28/09/2011
Código do texto: T3246143
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