LEMBRANÇAS

Há, quase, uma solidão absoluta

Reinando nesse momento.

Apenas, quebrada pelo sutil barulho do vento.

Vento que teima em trazer-me lembranças.

Lembranças. Ah! Lembranças...

Trazem fotos, de rostos, de lugares.

Gestos, palavras, de crianças, de jovens.

As vezes veem só, outras aos pares.

Coisas que se foram.

Jamais voltam.

Ou se voltam, veem com o vento.

Nesse encontro que exige solidão.

Será porque a lembrança é tímida?

Ou será que é só também.

E ai, aproveita a carona do vento,

Cria coragem,

E resolve visitar quem lhe quer bem.