[Corpos desnudados que percorrem sonhos]
Apresentando O Transversal
“La Folie... Um dia, apenas um dia, apenas uma noite”
Corpos desnudados que percorrem sonhos
Sem som,
Apenas corpos, alguns esqueléticos sem fome,
…
Se a descida do sonho até ao mar, tivesse degraus,
Transformaria esses corpos em azul,
Colocaria algumas boias com um sino,
[como o sino de uma igreja...],
Salvação ou afogamento, que me interessa...[?]
…
Corpos desnudados que percorrem sonhos,
Alguns querem-se alma, até espirito mesmo,
Mesmo que não passem de sonhos,
Sem som,
…
Apenas corpos sem fala, sem sorriso,
Ou cor.
…
Fogem do dia e penetram fundo na escuridão.
[...da noite...]...
...
Todas as noites se querem escuras,
Silenciosas,
Dos corpos que procuram inspiração,
Para continuarem,
Alguma alma, até espirito mesmo,
[...nas palavras que tingem alguma poesia...]
em alguns versos que tudo descrevem,
[...a nudez do teu corpo contra o meu...], ou,
Silêncio apenas...
...
Se a subida do sonho até ao céu, tivesse degraus,
Transformaria esses corpos em cometas,
Apenas os veria uma vez por outra,
Sem a inspiração que procuram,
Sem rancor,
Desapareceriam para sempre dos meus sonhos,
Sonhos que apenas querem o sossego,
…
O sossego das tardes que esperam
Todo aquele aconchegar solitário
Do sol,
No regaço do teu corpo.
…
[... regaço onde descansa a minha cabeça sem sonhar com os corpos que vagueiam sem destino, sem alma, espirito, verso, ou inspiração que seja...]