Morrer ao Contrário

Ela vem embebida de luz, encharcada de sol.

As mãos que tremiam já muito antes,

Também estremecem pelas batidas do seu pulsar,

De paixão, e ela estremesse...de prazer ela vibra.

Me deito nas montanhas

enluaradas de seus peitos,

Com cálido beijo,

Com molhado beijo,

Delicado beijo,

Vigoroso beijo,

Guloso beijo,

Tarado beijo...

Que busca todas as mãos perdidas na

Imensidão de tua beleza que fere

Até o infinito de minh’alma.

O leito é penumbra

E mesmo que fosse escuridão,

Não precisaria ver pois

Te amando,

Te olho,

Te bebo,

Te como...

Como...como...como pude viver sem ti até hoje?

Guardas-te o melhor de ti para o teu,

Até então poeta mendigo aqui comigo,

E comigo está o coração teu,

Que a mim prometeu.

E lentamente...vagarosamente...compassadamente...

Ritmadamente...saborosamente...deliciosamente...

Minha mente...mente, foi muito mais que isso...

Ao caldo morno do teu amor, do teu banquete;

Depositei o néctar da minha vida...

Vivida...doída...falida...desfalecida...

De não mais agüentar te amar.

De repente morri ao contrário...

Uma escuridão de luz invadiu minha alma

Pela ferida que a espada da verdade

Deixou entrar em meu peito...

É ela que amo, que adoro, em quem me devaneio,

Em quem me perco e me acho,

Em quem me enfraqueço e me fortaleço,

Em quem ora são, ora endoideço,

Em quem me arremesso e caio,

No infinito abismo da entrega de ser teu,

Que na tua certeza de existir...

Matou a tristeza com o amor que me deu.

Opus Sewaybricker

Opus Sewaybricker
Enviado por Opus Sewaybricker em 26/12/2006
Código do texto: T328368