RETROSPECTIVA
Trezentos e sessenta e cinco dias
Se passam, sem deixar que percebamos
O quanto nós sorrimos ou choramos
Diante de amor, dor, fé e alegria...
E a nossa vida foi-se e nem nos disse
Que a mocidade é sonho que se afasta,
Deixando um rastro de ilusão nefasta,
Que embalará a inércia da velhice...
E na carência, tudo nos transtorna...
Qualquer migalha de amor nos suborna,
Nos transportando ao gozo do apogeu...
E quantos corações morrerão frios,
Carpindo seus anseios, seus vazios,
Ao lado de quem nunca os mereceu...
(Nizardo)
Poesia registrada.