Ventanias

Quando chegares não digas nada,

Os meus olhares te dirão tudo.

Nosso silencio vai pernoitar

E aos teus braços vou pertencer!...

Serei eterno como tu querias,

Encontrar um dia que durasse tanto,

Mas que fosse pouco,

Que depois morrer aconteceria sem se perceber.

La fora o vento forte assovia se espreguiçando!...

Derruba os galhos secos

E algumas flores desabrochando.

Se lembra de flores do campo

Quando pensares o que es pra mim

Que eu guardo do perfume o cheiro

E as ventanias das noites sem fim...

Já é tarde, levas meu sono

Que esse soluço sufoca a dor,

Não digo adeus é covardia

Até mais tarde, até um dia...

Esses verso foram musicados por Guido de Castro

e cantado por Joanna num show no Canecão - Rio de Janeiro.