Amor...
Amor,
quantos desertos,
quantas tempestades
enfrentei até
descansar meu rosto
entre as montanhas
de teu peito nu.
Quantos furacões,
quantas epidemias
atentaram à pátria
até que reinasses
absoluta
em meu antro.
Como eu era infeliz!
Nada tinha cor,
nada tinha nome.
Agora, porém,
tudo és tu.
O mundo todo
carrega
teu rosto e
tuas letras
abençoadas.
(Pena que não saibas,
amor,
que é tu quem carregas
minha dor.)