Amor...

Amor,

quantos desertos,

quantas tempestades

enfrentei até

descansar meu rosto

entre as montanhas

de teu peito nu.

Quantos furacões,

quantas epidemias

atentaram à pátria

até que reinasses

absoluta

em meu antro.

Como eu era infeliz!

Nada tinha cor,

nada tinha nome.

Agora, porém,

tudo és tu.

O mundo todo

carrega

teu rosto e

tuas letras

abençoadas.

(Pena que não saibas,

amor,

que é tu quem carregas

minha dor.)

Rodolfo Kowalski
Enviado por Rodolfo Kowalski em 25/10/2011
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