Cartas para Madelyne " Proteção "

As Noites já não me protegem

Da necessidade implácavel

De permear teus lábios.

De uma vez mais

Ter mais que teu olhar,

Fingido e fugitivo.

De querer tuas mãos suando em meu peito,

E meu peito em desespero...

Tentando segurar um coração...

Qual não importa...

Desde que nele ainda resida a esperança,

De que teu perfume me guie,

E que o caminho seja teu corpo,

Que eu já conheço em atalhos e armadilhas.

E eu sempre adorei as armadilhas...

O suave calor do teu corpo,

O severo veneno do teu argumento,

O torpe motivo que me prende a você...

Destino que brinca,

Mas que machuca do mesmo jeito...

E o jeito é relembrar...

Tentar não tremer...

Tentar não enlouquecer...

Tentar não te ligar.

Sou um maldito viciado,

E não tenho teu beijo.

Hoje é a solidão que me alimenta...

Que me fortalece...

E logo a noite também não te protegerá,

Te convidará...

Outra vez.

Tito Carvalho
Enviado por Tito Carvalho em 26/10/2011
Código do texto: T3300199
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