Cartas para Madelyne " Proteção "
As Noites já não me protegem
Da necessidade implácavel
De permear teus lábios.
De uma vez mais
Ter mais que teu olhar,
Fingido e fugitivo.
De querer tuas mãos suando em meu peito,
E meu peito em desespero...
Tentando segurar um coração...
Qual não importa...
Desde que nele ainda resida a esperança,
De que teu perfume me guie,
E que o caminho seja teu corpo,
Que eu já conheço em atalhos e armadilhas.
E eu sempre adorei as armadilhas...
O suave calor do teu corpo,
O severo veneno do teu argumento,
O torpe motivo que me prende a você...
Destino que brinca,
Mas que machuca do mesmo jeito...
E o jeito é relembrar...
Tentar não tremer...
Tentar não enlouquecer...
Tentar não te ligar.
Sou um maldito viciado,
E não tenho teu beijo.
Hoje é a solidão que me alimenta...
Que me fortalece...
E logo a noite também não te protegerá,
Te convidará...
Outra vez.