[descubro novas terras,]
Apresentando O Transversal
“La Folie... e caminhar então... finalmente...”
Como champanhe que implode,
fechado na garrafa, na noite dos desejos,
olho a supernova nos céus,
e mudo o mundo,
…
altero os fusos horários,
as latitudes, longitudes,
a posição das estrelas e dos astros
na esfera armilar...
…
descubro novas terras, outros
areais distantes,
onde planto as margaridas coloridas,
exuberantes,
[porque não alguns corais amarelos...?]
…
e puxo a supernova dos céus escuros,
numa rede de pesca,
iço-a com a força dos meus braços tatuados
de sereias, de arcanos, de piratas também,
e descanso-a no areal infinito das ondas,
e descanso-me.
…
Relativa a imagem que absorve,
suga o que me resta,
tudo se torna luz que devagar me foge,
relativo o sonho que nego,
desta realidade que me consome:
- Por onde andas... amor meu?