(CONTRO)VERSOS DE OUTONO

Em plena noite soalheira de Outono

As folhas caídas afrontaram o sono

O teu corpo pediu esmola ao meu

À minha porta dormente bateu

Abriguei-te ao aconchego da lareira

Cheguei-me perto, à tua beira

Amei-te ao calor das mãos entrelaçadas

Em arrastos de pele carenciadas

Resmunguei condensada no teu olhar

Ousando o nosso amor em versos abafar

Versos soltos lapidados de pura paixão

Que abrigo num sopro do meu coração

Se a tempestade chorona desata

As árvores arrepiadas

Se as folhas secas

Estão prestes a ser calcadas

Se o berço da noite é o colo do dia

Irrelevante é descortinar tudo isso agora

O nosso relógio ainda marca a mesma hora

Os calos curados brotam de alegria

Amor, despreza o tempo lá fora

O nosso relógio ainda marca a mesma hora

Mantém-te assim radiante a sorrir

É só isso de ti que quero sentir!

15.11.11

O MEU BLOG EM:

http://sempapelecanetacomalmaecoracao.blogspot.com

Jessica Neves
Enviado por Jessica Neves em 17/11/2011
Código do texto: T3340970
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.