A vida inteira eu nutri...


Ao longo da vida...

Atravessei...
Desertos, caatingas, florestas,
Matas densas e as selvas civilizadas
Também ditas de concretos...
Escalei montanhas e paredões
Desci precipícios e vias cavernosas.
Enfrentei os ventos, as tempestades
As tormentas... A vida!

Ao longo da vida...
Naveguei em céus de brigadeiro a nebulosos,
Naveguei nos mares e em rios caudalosos...
Trafeguei em estradas floridas
Em vias retas e em vias tortuosas...
As chamadas de vias da morte.
Segui trilhas, veredas e atalhos...
De lombo de burro a aéreo - turbo...

Ao longo da vida...
Senti frio, senti medo, senti fome
Senti raiva, senti dores e senti ciúmes...
Senti saudades da vida,
Senti saudades do tempo
Senti desejos, prazeres e loucuras
Senti falta de um amor verdadeiro...
Senti tristeza de um passado sem ti...

Ao longo da vida...
Fui menino, fui moço, tornei-me homem...
Conheci meninas, Moçinhas e mulheres...
Brancas, negras, mulatas e pardas,
Altas, baixas, Magras, gordinhas,
Morenas, louras, ruivas e mestiças...
Conheci mulheres... Passivas, ativas,
Loucas, atrevidas e ate possessivas...
Alem das excluídas... As feias e as da vida...

Ao longo da vida...
Busquei em um turbilhão...
Este amor entre mil, entre um milhão...
Fiz poesias e até promessas infindas,
Vesti-me de alegria, criei fantasias,

Ao longo da vida...
Passei noites e dias a espera de uma paixão...
Colhi flores no campo, entre elas...
Rosas, brancas, vermelhas amarelas,
Colhi ainda camélia, bromélia,
Hortênsias, margaridas e orquídeas...

Ao longo da vida...
Senti tua presença
Senti mais ainda tua ausência...
Senti por sentir a tua falta
Senti porque sabia de tua existência...
Senti a falta que me faz...
Senti porque quem ama sente.
Senti que sem você não tenho paz...

Ao longo da vida...
Eu nutri uma carência de alguém
Que ainda não conheci...
E a assim foram-se os anos...
Talvez os melhores da minha vida.
Tanto tempo, por quanto tempo
Hei de esperar por quem contenho esta terna paixão...


Em meus sonhos tenho você, Linda e encantada...
                                         Parecendo-me esculpida a mão...


Amor que tanto espero, Hoje descobri você!...

Francisco Rangel

Russas, 12/10/2011-
Francisco Rangel
Enviado por Francisco Rangel em 21/11/2011
Reeditado em 28/02/2012
Código do texto: T3347942
Classificação de conteúdo: seguro