DEIXA PRA LÁ É IMPOSSÍVEL...

Ah! Eu juro não te quero! Deixa pra lá!

Eu não posso, não devo...Eu não quero!

Por mais que eu afirme,

Fica cada vez mais claro, mais firme

Por mais que eu insista,

Não te quero já disse!

Isso é tolice! Eu não te quero!

Esse tolo e doido querer...

É como a onda do mar que caminha,

Inexorávelmente de tão longe,

Rumo à areia fina da praia.

É assim como a chuva fina que molha a planta

Para que dela, o alimento possa brotar.

Assim como a estrêla que precisa

do negro da noite para brilhar.

É como o choro da criança quando

Pede à mãe para se alimentar.

Como o caminhante ao ver a estrada

E, sem se conter, tem que prosseguir, tem que caminhar...

É como a água do rio que,

Corre...corre, correndo para o Mar...

Já te disse...eu não te quero!

Eu não posso! não vou te amar!

E, quanto mais me desespero

Tenho que te dizer:

Não! eu não te quero! Não vou te amar!

Embora de vontade siga morrendo,

Sigo dizendo: Não! Não! e Não!

Sigo mentindo pra mim mesmo...

E comigo leve outra verdade,

Presa em meu sofrido coração,

Sinto-me como nos versos do poeta maior

"Vou colecionar mais um soneto,

Outro retrato em branco e preto,

a maltratar meu coração"

jorê

n.a.: Versos citados...etc..." vou colecionar...etc...meu coração"

Versos primorosos do poeta e compositor, o imortal maestro Tom Jobim..

Esse poema teve sua inspiração na canção do mesmo nome " Retrato em branco e preto" cantada pela extraordinária Elis Regina.

abçs. jorê

jorê
Enviado por jorê em 03/12/2011
Código do texto: T3369530