A musa das estrelas
Está acima da incapacidade
Querer-te, e dar-te amor
Mas ver em teus olhos,
Apenas amizade
Por que me enfraqueces deste modo?
Sem dar tempo de meu coração falar
Sem tempo ao menos de um erro proferir
De me exaltar
Sim, és o pássaro, a borboleta
Mas não consigo aceitar
Que és um coração com asas
E que não posso te engaiolar
Não sou aquilo que prepotente presume
Sou uma cinzenta árvore
Enraizada, aos pés da montanha
Tu, és o cume
E não me venha inundar
Com úmidos olhos que nunca toquei
Sei que minhas palavras não te emudecem
Não como pensei
E que a maldita esperança
Torne-se uma estrela
Para que na noite mais sombria
Seja apenas uma lembrança
E que vás tu também
E que te cubra uma nuvem escura
Para que eu jamais lembre o que é viver sem
A felicidade mais pura.