A musa das estrelas

Está acima da incapacidade

Querer-te, e dar-te amor

Mas ver em teus olhos,

Apenas amizade

Por que me enfraqueces deste modo?

Sem dar tempo de meu coração falar

Sem tempo ao menos de um erro proferir

De me exaltar

Sim, és o pássaro, a borboleta

Mas não consigo aceitar

Que és um coração com asas

E que não posso te engaiolar

Não sou aquilo que prepotente presume

Sou uma cinzenta árvore

Enraizada, aos pés da montanha

Tu, és o cume

E não me venha inundar

Com úmidos olhos que nunca toquei

Sei que minhas palavras não te emudecem

Não como pensei

E que a maldita esperança

Torne-se uma estrela

Para que na noite mais sombria

Seja apenas uma lembrança

E que vás tu também

E que te cubra uma nuvem escura

Para que eu jamais lembre o que é viver sem

A felicidade mais pura.

Unilson Mangini
Enviado por Unilson Mangini em 06/01/2007
Reeditado em 21/01/2007
Código do texto: T337839