Aonde vai o trem

Mistério azul temporal

Na plataforma se formam bagagens

Anterior às nuvens rodando em gotas

Confirmações das trovoadas cheias de sol

Possível torrente de paixões que não passam

Momento infindo de esperança do amor que se encerra

No trem da despedida lugares vazios só há uma pessoa sentada

Apavora a língua que salta palavras lentas sem verbos

O aceitar das mãos sem costas deslizam entre dedos quentes

Corrente sanguínea palpita nos pulsos balanço do peito

É o coração que faz a viagem olhando as janelas paisagens em movimento

A direção não é certa sopra com o vento

Os trilhos apontam caminhos em vão da dupla mão

A chuva que vem detrás das montanhas tão grandes ao longe

Sossega ao barulho do trovão no branco passeio

Hoje é só o fim que começa do amanhã que pra lá se esconde

Erika Soares
Enviado por Erika Soares em 21/12/2011
Reeditado em 20/04/2015
Código do texto: T3399513
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