DILUIÇÃO

Frequentemente me diluo

diante de ti

e, água, escorro pelo teu corpo.

Hás de me beber

e se embebedar.

Muitas vezes me entrego

e não aceito devolução.

Quero estar em ti,

correr em tuas veias,

objeto ser de teu desejo,

brasa ardendo

em tuas vísceras.

Quero que me queiras

como um adicto

deseja heroína.

Não falemos em amor,

em paixão,

palavras que iluminam

os fracos de espírito.

Vamos falar da vida,

essa essência insana,

líquida, pétrea,

que pesa em nosso peito.

Viviane Rolando
Enviado por Viviane Rolando em 08/01/2007
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