Ancorada em sua poesia!
Navegando por outras paragens,
por águas profundas, escuras e frias,
eu solitária perdida às margens,
me vi ancorada em sua poesia!
Em busca, a caça da alma perfeita,
me lanço no laço de uma aventura,
presa no braço de quem me rejeita,
sou triste, insana, sou alma impura.
De fronte do açoite de seu rimar,
sou mastro, sou casco, sou vela, sou lua!
Diante do dia, da noite e do mar,
me perco, me apego, me entrego, sou tua!
(Aona)