Desabafo

Hoje preciso desabafar travesseiro,

Que minha angústia é grande.

Hoje preciso dizer-te o que sempre soubeste,

Mas nunca contaste a ninguém.

Tu só não sabes por quem choro.

Tu não sabes e tu és o que mais sabe sobre esse amor.

Tu guardas meus segredos mais íntimos.

Tu me consolas quando, à noite, chorosa me deito,

Buscando esquecer que não recebi telefonema algum;

Buscando respostas para a distância e para a proximidade (dele).

Tu sabes que me calo diante da fatalidade,

Que espero diante da demora, porque ele não vem (e eu não vou).

Tu sabes que sou indecisa,

Que rumino a possibilidade do encontro fatal.

Tu só não sabes por quem choro.

Tu não sabes e tu és quem mais sabes sobre esse amor.

Tu sabes que eu tento não saber desse sentimento,

Que tento mentir para meu coração.

Tu percebes como brilham meus olhos quando penso nele,

Como voa meu ser diante da ilusão do futuro.

Tu vês meus sonhos jubilosos,

Quando o vejo se aproximando,

A tocar minha face e minha alma.

A abraçar-me por inteiro.

Tu só não sabes por quem choro.

Tu não sabes e tu és quem mais sabes sobre esse amor.

Tu sabes dos meus receios,

Das minhas dúvidas,

Das minhas confusões,

Das minhas confissões.

Tu só não sabes como são os olhos dele.

Como ele é doce,

Como ele amargura minha dor,

Como e quando nos conheceremos

Tu só não sabes por quem choro.

Tu não sabes e tu és quem mais sabes sobre esse amor.

Colibri
Enviado por Colibri em 10/01/2007
Código do texto: T341940