DELÍRIO

DELÍRIO

O vento entra em meu quarto,

com uma musicalidade,

intensa, harmoniosa e triste.

E eu me elevo de minha cama,

como a iniciar uma viagem astral,

que o vento me leva para ao que vivi.

Me leva para o meu passado recente,

dos momentos inesquecíveis que

desfrutei, que é a matéria prima

da minha maior saudade.

Mas me leva também, nesse passado

recente, a outros momentos, tenebrosos,

de ouvir o que nunca queria ter ouvido,

que também são a matéria prima,

da minha tristeza, dor, desespero

e melancolia.

Delírio, que o vento me trás,

todas as noites, para sentir,

acordado, a viagem astral,

que me encanta e ao mesmo

tempo me alucina.

Esse é, de agora em diante,

o delírio do meu viver.

De saudades doces e

melancolia tenebrosa.

Esse é o delírio da sua

ausência, mas que também

é a certeza, que não é delírio

o Amor que guardo em meu

coração e a a razão do meu viver.

M.A. Tisi

Marco Tisi
Enviado por Marco Tisi em 15/01/2012
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