NADA ALÉM

Meu bem,

Eu não creio

Em nada além

Do amor...

Como vão que vem

Pulsantemente em cor

Como algo aquém do mar

Como algo além da dor

Em todo ardor que há

Imerso neste passo extremo...

Não, meu bem,

Eu não creio

Em nada além

Do amor...

Como toda luz que vem

De um sol mais que profícuo

Repudiando o mar iníquo

Que inundou a paz de alguém

E coloriu a alma com a cor

De uma dor tão translúcida

Quanto extrema...

E eis meu sangue incauto

Derramado neste vil dilema

Como protesto pela sublime cor:

Não, meu bem,

Eu não creio em nada além

Do amor...

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