EFLÚVIO

Eflúvio de amor

Que ronda quem sou

Como vento de outrora,

Por favor, não me esqueça,

E não vá embora

Se eu perder a cabeça

Seguindo o descompasso raso

Deste meu coração !

Pois os dias que vão,

Tênue eflúvio de amor,

Superam qualquer solidão

Neste beco sem cor

Que se chama dor, apenas,

Diluída em doses tão etéreas

De versos, rimas, poemas,

Que invariavelmente fazem de mim

Esta aurora derretida em dilemas

Como se a sombra da lua não tivesse fim...

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