UMA A UMA, AS PALAVRAS CAEM...

Experimento do meu inferno pessoal,

E nem consigo discernir o gosto vasto que é essa imensidão.

Também sinto a tua falta, apesar de tudo.

Pedaço de mim é o teu riso,

Que nem enxergo mais...

Tentativa frustrada de te perder.

E não saio mais de mim, meu sonho.

O cair para dentro do abismo, é minha solidão.

Ando perdido, mal me conheço, e sinto a dor.

Milhares de emoções chegam a mim a todo instante,

Como uma explosão de cores,

E volto a falar de formas mal definidas,

É que está tudo uma bagunça mesmo.

E nem consigo o choro,

Meu escape matinal.

Uma a uma,

As palavras caem e tocam o chão.

Uma a uma,

As palavras caem...

E o que restou?

Não consigo falar de amor,

A voz fanha e rasgada se acomodou...

Só consigo sentir, e nem isso posso demonstrar,

Porque é minha, só minha, a dor do mundo.

Assim como é meu, só meu, esse jeito de amar.