EU e a MADRUGADA

O orvalho que escorre nas flores,

Forma sulcos nas pétalas macias.

É bálsamo que acalma as minhas dores

E faz da vida o meu jardim.

E se eu dormir..., sem ver a noite enluarada,

Nada fará sentido para mim.

Pois a vida passa a ser sem graça

Sem a calma alegre da madrugada.

Altas horas no relógio... Tudo e nada

O corpo estremece, a mente se abre

Em pensamentos inebriantes.

Mas o silêncio das palavras emudecidas

Nos descaminhos de nossas vidas

Condenam-me à solidão.

Carmen Rubira – 2005.

Carmen Rubira
Enviado por Carmen Rubira em 18/01/2007
Código do texto: T350949