EU e a MADRUGADA
O orvalho que escorre nas flores,
Forma sulcos nas pétalas macias.
É bálsamo que acalma as minhas dores
E faz da vida o meu jardim.
E se eu dormir..., sem ver a noite enluarada,
Nada fará sentido para mim.
Pois a vida passa a ser sem graça
Sem a calma alegre da madrugada.
Altas horas no relógio... Tudo e nada
O corpo estremece, a mente se abre
Em pensamentos inebriantes.
Mas o silêncio das palavras emudecidas
Nos descaminhos de nossas vidas
Condenam-me à solidão.
Carmen Rubira – 2005.