[E no mar tornaste-te rainha]
Apresentando O Transversal
“La Folie, Lydia the Tattooed Lady, dos irmãos Marx,... das viagens, das estações do ano, das partidas e de alguns regressos...”
das partidas e de alguns regressos...
E quando grito o teu nome
no meu,
regressam as breves ondulações,
as descaradas ondulações nas
ansias dos corpos perdidos,
encontrados paraísos, diremos,
repetiremos,
…
dos paraísos que tememos,
da saudade sempre presente,
e as noites voam,
e as noites voam sempre,
lentamente.
…
Quero o que não existirá,
jamais,
não é conquista, nem verão,
ou primaveras,
apenas uma brisa, nem palavra,
nem palavras que se encontram,
que tentam descrever os,
indescritiveis sussurros.
…
E no mar tornaste-te rainha,
não de copas ou de espadas,
apenas rainha de toda a
imensidão que sempre me cercou,
que sempre me foi gemea,
na noite dos pirilampos
rodeando faróis sem luz,
afastando-me de promontórios
afastando-me de perigos desconhecidos,
afastando-me dos furacões
que povoam os dias de cinza,
…
e quando acordamos das viagens,
e quando regressamos dos universos,
as noites claream,
deixam de ser escuras,
os cometas cumprem então destinos
até onde a vista alcança,
…
e tudo o que existe, que me envolve,
é-me suficiente,
…
então.
...
[Apenas paraísos, diremos: "apenas"].