SUTILEZAS DO AMOR

São tantas, algumas arteiras,

Outras calmas, tão serenas,

Parecendo flor desabrochando,

Que num leve torpor de mente,

Desperta sorrindo como criança,

E atinge corações enamorados.

A arteira não tem consistência,

Pois não busca despertar paixões,

Somente passagens repentinas,

Quem sabe até falsas euforias,

Momentâneas que depois se vão,

E nem marcas deixam para quem viveu.

O amor sereno é calmo como a brisa,

Que busca atingir quem realmente ama,

E em seus rostos deixa todos os fluidos,

Perfumes que das flores vai buscar,

Colhendo nos jardins as mais perfumadas,

Pois sabe que dois corações vai atingir.

Mostra-lhes a face do amor verdadeiro,

Muitas vezes simples e sem vaidades,

Pois habita corações só com purezas,

Que se encantam com uma flor silvestre,

E extasiados contemplam sua beleza,

Pois sabem que ela habita na natureza.

Depois quer lhes mostrar o lindo por do sol,

Calmo e sereno ao pincelar nuvens coloridas,

Que se enfeitam de cores extasiantes,

Para recepcionar a noite toda estrelada,

Que tem na lua bela seu esplendor maior,

E nessas sutilezas o amor então se instala.

20-02-2012