[canta-me]

Apresentando O Transversal

“La Folie, Lydia the Tattooed Lady, dos irmãos Marx,... das viagens, das estações do ano, das partidas e de alguns regressos...”

das partidas e de alguns regressos...

canta-me um dia destes

a música das espumas do mar

que cípria ensaiou erguendo-se,

canta-me logo,

liberta os pardais, os pombos,

alguns dos cisnes, e os cavalos

deixa-os no trote eterno, como loucos,

irei então, pisando as pedras escondidas

pelos mantos de lirios,

pelas pétalas soltas, dos

jasmim estrela,

que dispuseste em circulos.

Que cada subida não esconda

um precipicio meu, apenas um sopro

teu,

sussurrado, desconhecido, me basta,

e ao mar regressarei, para sempre,

canta-me um dia destes

na preia-mar, e enche-me de luares

em primavera,

liberta-me em fim, para sempre,

para sempre.

Escondem-se os caminhos, e das rotas

seguras dos navegadores,

libertam-se nenufares aprisionados

em rios parados no tempo.

No tempo do esquecimento,

renascem as perolas dos abismos

submersos,

renasço-me a cada maré,

renasço-me em cada saudade,

renasço-me.

[Canta-me um dia destes a música das espumas do mar. Canta-me...]

(Cípria também designada de Afrodite)

Nkisi
Enviado por Nkisi em 24/02/2012
Reeditado em 24/02/2012
Código do texto: T3516841
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