Poeta

O que é ser poeta se não um fazedor de ilusões e mitos.

Mas como poderíamos viver sem isso? Nossas ilusões.

Como é gostoso fabricar na alma algo que não existe,

Sonhar com o que poderá vir-a-ser, iludir-se consigo mesmo.

Como é gostoso sentir a dor e falar bem dela, que ainda a ama,

Falar também que o amor pode-se ir, mas nunca seus versos,

Falar do passado como se fosse hoje e a nostalgia se perde no tempo.

Ah poeta! De coração tão grande, tão confuso e verdadeiro,

Tu que crias e não és criado, pois ninguém cria um poeta.

Tu que da vida ao sentimento, e tua carne estremece em golpes,

Que da ânsia do teu sofrer nasce sempre algo belo e verdadeiro,

Esse estrênuo que vaga pela noite e se embriaga ao dia,

És tu, o maior ilusionista que a terra tem e sem ti nem ela seria,

Pois criaste e recriaste essa divindade chamada amor.

TAS
Enviado por TAS em 14/03/2012
Reeditado em 23/01/2013
Código do texto: T3554856
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