SONETO DO REENCONTRO

(Parodia do "Soneto da Separação" de Vinicius de Morais)

De repente do pranto fez-se o riso

Alegre e radiante qual lampejo

Das bocas separadas fez-se o beijo

Deslizando pelo seu corpo liso.

De repente do vento fez-se a calma

Que acendeu em nós uma nova chama

Renovando a paixão em nossa alma

E a paz disseminou o nosso drama.

“De repente, não mais que de repente”

Fez-se de alegre o que se fez errante

E de presente o que se fez ausente.

Fez-se de próximo o que era distante

Fez-se da vida uma aventura amante

“De repente, não mais que de repente.”

ANTONIO COSTTA
Enviado por ANTONIO COSTTA em 23/01/2007
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