Tarde de Saudade.
Ouvi o vento soprar uma canção
Que em minha mente não para de repetir
Batimentos, suspiros, toques...
Tarde de chacina, chacina de saudades
Saudade do teu cheiro, saudade do teu toque,
Saudade do teu beijo, saudade...
Toda fúria de desejo descarregadas
Em uma só pessoa, em um só ser,
Uma locomotiva de prazer, desgovernada
Ao descer de ladeira abaixo, às tuas curvas,
Embriagado em teu cheiro,
Ensurdecido aos clamores de amor,
Devoto embriagado numa sede
Que fez meus lábios tatearem teu corpo,
Ao encontro de dois prazeres que dizem irmãos,
Mas se desconhecem em novas descobertas,
Que invade cada um de nós escancarando
As portas do desconhecido e nos pegando
De surpresa, revelando duas almas
Entregues a uma paixão louca,
Cada toque eu me faz estremecer,
Cada beijo teu me deixou perdido,
Devoro essa vontade, igual um leão
A fome me faz destruir a indiferença
E dilacerar o proibido, faz com que
Um oceano em turbilhão seja sucumbido
Numa calmaria de êxtase que ligam nossas
Almas atraídas pelos eus e pelos teus,
Vibra cada a cada nexus que me faz ser teu,
Em uma tarde de saudades
Que me fez acreditar no amor é meu.