TEATRO DA VIDA

Abrem-se as cortinas parecendo preguiçosas.

Os atores estão perfilados no palco,

muitos até já meus conhecidos

vivenciados pelos longos anos de convivência,

e numa auréola toda cheia de luzes,

o amor já começa a ditar as sequências.

Diz convicto que eu conheci o amor,

e enumera quais os atores que convivi,

sendo o sol o primeiro personagem,

que difundia suas cores no seu repousar,

até alcançar as nuvens adjacentes,

mostrando vaidosas todas suas tonalidades.

Depois o anoitecer que chegava sereno,

trazendo junto de si um manto de estrelas,

piscando sapecas como se querendo brincar,

anunciando então a lua que surgia esplendorosa,

iluminando a noite com seu esplendor de luzes,

parecendo até querendo me homenagear,

pois sabia que amei intensamente um amor que se foi.

Entra em cena então a natureza deslumbrante,

mostrando as vaidades das flores silvestres,

e as matas verdejantes transbordantes de vidas,

nos pássaros que cantam felizes no surgir da aurora,

tendo a cachoeira em transe que despenca serena,

lá das alturas mostrando suas vaidades.

Depois as flores vão mostrando suas graças,

com rosas perfumadas destilando seus perfumes

e suas pétalas macias tocam os corações,

sendo que o espetáculo vai se colorindo,

até que as cortinas vão aos poucos se fechando,

com músicas tão lindas entoadas por Anjos,

e o teatro da vida ali se encerra.

20-03-2012