Cansaço!

Sonho, como todo mortal,

quase sempre de olhos abertos.

Sonhos inalcançáveis,

claro,

senão não seriam sonhos.

Por isso, quase sempre,

me perturbam um pouco e

me fazem me sentir,

assim,

como uma pessoa que

se distancia mais e mais

do que deve alcançar.

Sento-me, então, à beira

da cama

e,

cotovelos sobre as pernas,

rosto entre as palmas das

mãos,

deixo-me levar pelo humano

cansaço...