LOUCO POETA
Não devo ser bom poeta
Pois quando o juízo me inquieta
Teimo em fazer asneiras
Tudo só me dá canseiras
Devo continuar fazendo poesia
Por que outra coisa não faria
Só fico acordado a noite
Por que o dia é um açoite
O mal se alimenta da dieta
A tristeza se alimenta do poeta
A poesia triste morre abrasada
Alegro a poesia pra ser confiada
Quero todo dia estar empenhado
Não ofender nem ser ofendido
Viver da poesia é ser negociante
Mesmo que a máquina seja mercante
Conheço o mundo pela inconstância
Sem qualquer firmeza da ignorância
Quero ser o mar pela loucura
Ter razão na poesia pela formosura
Carlo Magno 22/11/11