Plataforma de uma outra estação

Numa estrada,

Curvas e descidas,

De pedra ou de barro,

As vezes de asfalto,

E alguns laços,

Em outras estações

Passando carros e caminhões,

Me levavam em algum lugar,

Onde eles também não sei.

E se eu chorasse no meu ponto,

Você não perdoaria,

E se eu saísse do quarto chorando você não veria,

Nos meus olhos de lágrima frágil,

A minha fragilidade pecável,

Nem por isso por ti me magoei.

Nesse ponto parado após de uma subida,

Olho enfim para atrás todo o caminho da minha vida.

Onde estava você, logo espetava o meu descanso,

Outro lugar que não sabia imaginava bares, avenidas ou qualquer outro canto.

Estou na plataforma de uma outra estação,

Me castiga o inverno, querendo só mais um verão,

Outro raio de sol que traz o vento, caindo folhas e até mesmo frutas,

E me sento na calçada num estado molhado, tomando banho de chuva.

Edilson Alencar
Enviado por Edilson Alencar em 23/04/2012
Código do texto: T3629729
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