Descobri que te amo
Tenebrosas são as viagens
Que meu corpo percorre
Nas noites sombrias
Em que a saudade acelera
O frio que toma minh’alma
E me carrega pra baixo...
Debaixo das cobertas.
Meu peito ressentido
Magoado pelo esquecimento,
Toda essa falta de tempo...
Procuro algo que possa
Fazer esquecer,
Esquecer você...
Abraço o travesseiro
Mera ilusão,
Tentativa inútil,
Não posso ter você.
As horas passam
O sono me acalanta, adormeço.
Entrego-me, pois,
À esperança, esta réstia de luz,
De que o novo dia
Traga-me coisas novas
Notícias novas
Quiçá até você!
São essas pequenas coisas
Que acontecem no dia a dia
Que nos mostra, às claras,
Os nossos anseios, sentimentos.
E essa ausência presente
Que me digna a crer
Em todo esse sentimento
Que aflora em meu ser
Deixando-me viver este vão momento
De descoberta...
De entrega...
De amor...