DEIXA...

Deixa...

O riso solto de ontem,

Nesse agora feneceu...

Dores do corpo, dores da vida...

Prenuncio de despedida entre tu e eu?....

Hoje quero deitar-me no teu colo...

Só peço-te que me afagues...

Não queiras ardentes carícias...

Deixa que minha mão deslize

Suavemente

Em tua pele amada

Quero ver teu rosto num sorriso

Quero saber-te de olhos fechados...

A lembrar que gostamos de ternura...

Que somos carentes humanos...

Deixa que nosso encontro seja

A mais singela leveza...

Falemos da lua, do sol

Da beleza que há em nós

Que reluz também no mundo afora.

Deixa que a aurora nos desperte

Nesse enleio, abraçados...

Quero sentir-te ao meu lado

Ouvir o teu coração bater...

Deixa chegar o dia e entardecer

E depois a noite reinar...

Quero ver-te o rosto lindo,

Iluminado ao luar...

Olhar o céu calmamente

E ver o manto de estrelas

Deixar que o vento travesso

Despenteie-me os cabelos...

Mais tarde de tanto amor “ternurento”

Descansados...

Poderemos acender a chama

Do desejo e enamorados,

Sem conter os sentimentos,

Sem pensar no que não dá

Sem negar o que nós somos

Nada possa impedir

De nos dizer “eu te amo”

Pra então deixar fluir

Por mares nunca dantes navegados

A paixão contagiante

Dos amantes-namorados!

Joselma de Vasconcelos Mendes
Enviado por Joselma de Vasconcelos Mendes em 01/02/2007
Código do texto: T365769