MINHA MÃE



Minha mãe, roseira branca
que minha avó cultivou!
Dela surgiram viçosos,
exuberantes e suaves botões
a exalarem fragrância.

Se entreabrindo, orvalhados pelo sereno,
sob um céu de nuvens azuis,
numa alegre sinfonia,
qual reluzente raio de sol.

Minha mãe, que importa se distante
o sol doira o horizonte,
alimentando a minha crença
e no meu caminho,
embora, cheio de curvas,
seguirei, então, contente,
sem lágrimas, sem queixumes
a ouvir tua voz querida,
perceberei o imenso carinho
que indefinidamente se prolonga.

E, agora, os botões de rosas,
um a um, estão seguindo
ao norte do céu,
onde repousa tua alma,
nos roseirais celestiais.

Paulo Avila
Enviado por Paulo Avila em 10/05/2012
Reeditado em 10/05/2012
Código do texto: T3659946
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