POEMA DE ANA STOPA
LENÇÓIS AMARROTADOS
Para a declamação em áudios feita por Luzirmil
Solidão, és a amiga de sempre
Nos braços da eterna saudade
Fazes minha alma indigente
Neste ontem de eternamente
Quem dera voltar ao passado
Ter você, amor, ao meu lado
Mas sei que jamais voltarás
Resta o pranto a derramar
Tristeza que na alma aflora
Desde o dia da tua partida
Arrasta-me para a agonia
Entre lágrimas incontidas!
Nas lembranças afloradas
Na alma de dor banhada
Agarro-me à esperança
No vazio que se instala.
Agonizam tantos sonhos
Nos lençóis amarrotados
Perfumados de saudades
Na angustiante realidade!
O que me conforta, amor
É saber que tão distante
Sentes a mesma agonia
Vivências a melancolia
Paralelas indescritíveis
Nos caminhos solitários
Triste em outros braços
Vives o mesmo calvário!
(COMPOSTO POR ANA STOPA)