Poeminha de fios e tapetes II
Vivo num fio no espaço que desfaz meu pedaço
Vivo na laço que me enlaça e maltrata, me desfaço
Vivo no passo só! E passo o fio e passa o som...
E passo o laço que no fio do espaço já tece um tom!
Vivo na esteira feita de fios desfiados de enormes vaga-lumes
Sinto perfumes funébres, distantes, ditosos, sestrosos, cereja...
Sinto perfumes que me traduzem tanta beleza
Vivo na esteira de cerejas, tecida com fios de certeza!