Poeminha de fios e tapetes II

Vivo num fio no espaço que desfaz meu pedaço

Vivo na laço que me enlaça e maltrata, me desfaço

Vivo no passo só! E passo o fio e passa o som...

E passo o laço que no fio do espaço já tece um tom!

Vivo na esteira feita de fios desfiados de enormes vaga-lumes

Sinto perfumes funébres, distantes, ditosos, sestrosos, cereja...

Sinto perfumes que me traduzem tanta beleza

Vivo na esteira de cerejas, tecida com fios de certeza!

dhália
Enviado por dhália em 04/02/2007
Reeditado em 04/02/2007
Código do texto: T368668