NOME, SUBLIME NOME

Juliana Valis




Tens o nome

Da estrela que adormece

Nesta prece insone

Que detém meu coração,



Tens o nome

E o fastio desta prece,

Como esfinge das cores quando vão

Desaguar, incólumes, no cerne desta alma




Tens o nome mais lídimo, em ti,

Que tanto me  inebria e já me acalma

Como lua que canta e nos sorri

Em beijos na crua cor de toda palma

Palma etérea nas asas da paixão




Em teu nome transborda meu amor

E minha dor se perde em solidão

Como esfinge entre átimos do que sou

Que me atinge nos labirintos do que são

Esses corações bombásticos, transcendentais,

Inebriando tanto verso quanto paz

Na loucura onde jaz este engima de amores




Tens o nome no ápice das cores

E tenho fome de teus versos, teus olhares,

Quero naufragar no vácuo dessas flores

Quero mergulhar nos êxtases em pares

Até que minha vida possa ter, enfim, sentido...




Tens o nome mais belo e tão querido

Que este verso singelo, então, emana

Tens a chave do sentimento mais vivido

Tens minha alma na paixão de toda chama




E se, um dia, não quiseres soletrar

As sílabas de teu nome sempre insigne

Chamar-te-ei do nome que este mar

Do amor declame e, no fim, já nos consigne.