Bebendo perfumes

Sobre a fogueira humana dos desejos,

a dor se torna um desejo.

Itinerário escolhido por alguns grandes homens,

mas também, por inermes homens.

A dor, o frio e a solidão,

oscilando pela sacudida alegria

por cada afago de doce instante.

Nesta negra tormenta, é que fica medonha a terra.

Livre arbítrio humano!

Livrar-se da terra...

Profanar ossos como quem corre da vida,

Embriagando seu cérebro como se fosse uma doce bebida.

Mundo sombrio...

nos trilhos de constelações de idéias

no nosso asilo trêmulo, onde o prêmio é o céu

da rocha talhada pelo tempo.

O poeta mira o sol... mira a lua... mira às estrelas...

Em seu asilo trêmulo perante os abismos

que devora o mundo,

pois nesta profundeza obscura, o poema vira santo.

Fernando A. Troncoso Rocha

Fernando Troncoso
Enviado por Fernando Troncoso em 05/06/2012
Código do texto: T3706322
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