Baile

Da fonte de uma virgem...

Nasci!

Pois o amor era peregrino,

Na morada onde havia poesia.

O soluçar entrou como procissão,

Pois a discórdia fitava o amor dos Anjos.

Mágica penumbra de maior grandeza,

Ao olhar lascivo das serpentes.

Faz de tormentas do sombrio cemitério

Resvalava pelos flancos cantos,

Sobre o pequeno mundo de sublimes cordeiros,

Como um divinal concerto universal.

Sobre meu rebanho...

Caiu o mesmo descer dos céus,

Mesmo eu sendo um gondoleiro de sombra exilada,

Pois a harmonia em meus cantos... Viraria trapos!

Cova insana de infindas sombras;

Podes passar teu errante espectro,

Pois eu morro outra vez sem abrigo

No leito de rochas dos proscritos.

Venha! Venha mais uma vez,

Pois não podes conter este herói

Que age como um calouro,

Em teu seio quente de inspiração sublime.

Mesmo que rompas o canto,

A minha esperança da primavera é o prêmio.

Afinal! Adormecer na inquietação

Será a mola que me leva ao ponto.

Fernando A. Troncoso Rocha

Fernando Troncoso
Enviado por Fernando Troncoso em 05/06/2012
Código do texto: T3706324
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