Baile
Da fonte de uma virgem...
Nasci!
Pois o amor era peregrino,
Na morada onde havia poesia.
O soluçar entrou como procissão,
Pois a discórdia fitava o amor dos Anjos.
Mágica penumbra de maior grandeza,
Ao olhar lascivo das serpentes.
Faz de tormentas do sombrio cemitério
Resvalava pelos flancos cantos,
Sobre o pequeno mundo de sublimes cordeiros,
Como um divinal concerto universal.
Sobre meu rebanho...
Caiu o mesmo descer dos céus,
Mesmo eu sendo um gondoleiro de sombra exilada,
Pois a harmonia em meus cantos... Viraria trapos!
Cova insana de infindas sombras;
Podes passar teu errante espectro,
Pois eu morro outra vez sem abrigo
No leito de rochas dos proscritos.
Venha! Venha mais uma vez,
Pois não podes conter este herói
Que age como um calouro,
Em teu seio quente de inspiração sublime.
Mesmo que rompas o canto,
A minha esperança da primavera é o prêmio.
Afinal! Adormecer na inquietação
Será a mola que me leva ao ponto.
Fernando A. Troncoso Rocha