360º...

Senti-me tão só hoje.

Como se a saudade não me pertencesse,

E a alegria voasse pela janela.

Me perdi em pensamentos e divagações tão minhas, que mal puder perceber o tempo passar.

E mais uma vez eu fui egoísta.

Por que nem minha solidão fui capaz de compartilhar com ninguém.

Delírios de verão.

A verdade me golpeou com punho mortal e tenaz.

E as palavras antes sussurradas ao pé do ouvido, ganham um novo e fúnebre significado, porque, sinceramente, acho que já não me importo mais.

É mentira, claro!

Mas às vezes é mais fácil,

E até prefiro acreditar numa boa mentira, meu escape, ultimo refúgio.

A ilusão não é refrigério, do contrário, só intensifica a agonia, para dissimular, o que faço de melhor, camuflar a dor.

E já nem é mais tão difícil mentir.

Djavu de domingo.

É aquela mesma tarde de sol, enfadonha monotonia.

E me canso do dia, e da demora.

Inerte, em contrapeso, preso no agora.

É um mundo todo grande lá fora.

Um mundo todo grande.

De repente 360º.

Um copo, um pouco de água, e alguns comprimidos.

É hora de dormir.

Hudson Eygo
Enviado por Hudson Eygo em 09/06/2012
Reeditado em 10/06/2012
Código do texto: T3714861