Ânsia de ti




 
Tenho ânsias de recuperar a carícia perdida,
o amor que parecia  findo, mas que ainda sinto forte no meu peito.
Não posso continuar com essa minha vida vazia,
necessito mergulhar fundo nas águas da tua alegria.
Sei que tu começas a me compreender e já subiste
a  Cordilheira dos Andes para lá de cima  gritar o meu nome.
Do vale dos meus desenganos e tristezas
aquieto-me, bem atento, para ouvir tua voz
gritando por mim, em um momento de sublime amor!
É quando vejo teu rosto, através de minhas  lágrimas,
numa visão cheia de cânticos e encantamento.
Tudo se enleva e se  revela novamente,
como nos tempos em que ouvias o sopro da minha flauta
nos intermináveis festins de nossa vida amorosa.




                              Nota:  Este poema foi publicado também na página de nossa maravilhosa colega Herminia Rohen, onde acabei de conceder uma entrevista a ela, que vem fazendo essas entrevistas com os amigos e amigas do Recanto. Quem puder, dê um pulinho lá na página da Hermínia, será um prazer para mim.  Gdantas