LUA REVIGORANTE
Pela fresta do casebre se via a lua.
Lua linda e brilhante a luzir.
Lá do alto iluminava os caminhos,
encobertos e sem cor.
Cor da noite que inspira, convidando ao amor.
Amor que rega e nutre a vida.
A lua esconde-se, pois aí vem o sol:
reluzente, dissipando as sombras;
mostrando a vida tão dura no casebre.
Sabor salgado alojado nos lábios,
do líquido escorrido em gotas originadas na testa.
Na marmita? Sonhos tão doces... O lar!
Eis que já está na hora de ao casebre retornar.
A fresta aguarda outro raio de luz,
mais intenso e colorido de azul.
O cansaço de um dia sem alegria se esvai.
O ciclo da vida que a lua ilumina já vai começar!
Carmen Rubira – julho, 2006.